#04 – Ao Rés do Corpo: Imagem em Abismo
AS PEDRAS PISADAS DO CAIS DO VALONGO: ARTE CONTEMPORÂNEA E MEMÓRIA DA ESCRAVIDÃO [Maurício Barros de Castro – UERJ]
Data/horário: 30/10/2024 às 14h
Local: Auditório da Pós – IACS UFF – Campus do Gragoatá – Bloco J Gragoatá – Niterói
Localizado na zona portuária do Rio de Janeiro, o Cais do Valongo é considerado o maior portal de entrada de africanos escravizados do mundo, por este motivo foi reconhecido pela Unesco, em 2018, como Patrimônio da Humanidade. Essa palestra busca se deter sobre os trabalhos de artistas que se dedicaram ao Cais do Valongo como espaço de produção de imagens que evocam uma memória da escravidão, especificamente os artistas afrodescendentes Ayrson Heráclito, Eustáquio Neves e o Coletivo Mulheres de Pedra, que realizaram trabalhos emblemáticos sobre o sítio histórico, respectivamente, Sacudimento (2018), Valongo: Cartas ao mar (2015-2016) e Elokô (2015), e o artista branco Carlos Vergara que trabalhou com monotipias, em 2019, no Cais do Valongo. Pensar as imagens produzidas por meio da memória da escravidão, suas conexões com corporeidades e abismos, é um dos objetivos centrais deste trabalho.
Maurício Barros de Castro: Doutor em História pela Universidade de São Paulo (USP), é professor associado do Departamento de Teoria e História da Arte da Universidade do Estado do Rio de Janeiro (UERJ), e professor permanente do Programa de Pós-Graduação em Artes (PPGARTES) e do Programa de Pós-Graduação em História da Arte (PPGHA), ambos da UERJ. Foi professor visitante na Universidade da California, Berkeley e coordena o LAPA -Laboratório de Artes e Políticas da Alteridade, grupo de pesquisa certificado pelo CNPQ-UERJ. Publicou, entre outros livros, Carnaval-Ritual: Carlos Vergara e Cacique de Ramos (Cobogó, 2021), livro indicado entre os dez finalistas do Prêmio Jabuti 2022, categoria Não-ficção/Artes.
Organizadores: Caroline Alciones de Oliveira Leite e Tato Taborda